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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Nudibrânquios: os animais mais coloridos do oceano

Cores espetaculares!
"As milimétricas lesmas-do-mar encantam por seu visual nada discreto"


Com cores espetaculares e padrões incomuns, os nudibrânquios são alguns dos animais mais fascinantes do fundo do mar. O estranho nome vem de uma característica visível, comum a quase todas as 3 mil espécies existentes: as brânquias expostas.




O órgão respiratório destas pequenas lesmas – em geral, os nudibrânquios medem milímetros ou, no máximo, alguns poucos centímetros de comprimento – fica na parte externa do corpo e se assemelha a um ramalhete. Tais filamentos podem também recobrir o animal todo, mas não devem ser confundidos com os rinóforos, como é chamada outra adaptação evolutiva das lesmas-do-mar 
(trata-se de um sensível par de tentáculos quimiorreceptores, geralmente localizados na cabeça).
As cores vibrantes são associadas a substâncias tóxicas e ajudam a afastar predadores. Os animais que ainda assim ousam atacar nudibrânquios – como caranguejos e lagostas – podem acabar surpreendidos por uma mistura de ácido sulfúrico e clorídrico. A perigosa combinação é expelida através da pele apenas por algumas espécies, entre elas a Berthella californica.






Outras, porém, são mais engenhosas. Ao se alimentar de cnidários, como as anêmonas, elas retêm as suas células urticantes (as que causam ardência) e as utilizam para se defender. A dieta destes minúsculos carnívoros inclui ainda corais, esponjas, cracas e até mesmo outros nudibrânquios.
A maioria das lesmas-do-mar, assim como as terrestres, é hermafrodita. Ou seja, os nudibrânquios possuem um sistema reprodutivo tanto feminino quanto masculino. Incapazes de se autofecundar, eles formam pares e trocam espermatozoides – usados em seguida para fecundar, cada qual, os seus próprios óvulos.

As mudanças climáticas já provocam grandes discussões ambientais no arquipélago russo

"Durante um mês navegamos de um lado para o outro no arquipélago. Estamos 800 milhas náuticas, ou 1 481 quilômetros, ao norte do círculo Ártico. Viajamos a bordo do Polaris, um navio de turismo reformado, com armários convertidos em laboratórios, microscópios instalados em mesas de jantar e um salão repleto de equipamentos de mergulho especiais. A nossa equipe conta com russos, americanos, espanhóis, britânicos, um australiano e um par de franceses. Todo dia, alguns de nós descemos à ilha diante da qual estamos ancorados a fim de colocar etiquetas em aves, contar morsas ou coletar espécimes de plantas, enquanto outros mergulham na água gelada para fazer o inventário dos microrganismos, algas, invertebrados e peixes. Os dias com caminhadas por vezes são longos, mas sempre retornamos ao barco antes de escurecer – na verdade, nunca fica escuro. O Sol jamais se põe, circulando para lá e para cá pelo céu setentrional. A influência de Feodor Romanenko é importante para todos, não só no aspecto científico, mas também para o moral da equipe, devido ao seu contagiante entusiasmo pela geologia."

Para ler a reportagem é só clicar no link abaixo:

Morsas se aproximam de um barco da expedição ao largo da ilha Hooker. No verão, quando diminui o gelo sobre o mar, as morsas se reúnem nas costas, mas ali o alimento é escasso e filhotes podem ser pisoteados.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Peixe - leão

Peixe-leão, peixe-peru, peixe-dragão e peixe-escorpião são alguns nomes vulgares para uma grande variedade de peixes marinhos venenosos dos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae.

O veneno dos Peixes-leão é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais. Cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.

A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são: dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.
O veneno dos peixes-leão é constituído de proteínas termosensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45°C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir

Os peixes-leão são predadores vorazes. Quando estão caçando encurralam as presas com seus espinhos e, num movimento rápido, as engolem por inteiro. Eles são conhecidos por seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.
Os Peixes-leão são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, eles podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.



Os Peixes-leão vivem até 15 anos e podem pesar até 200g. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.


Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/peixe-leao.html

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Peixe usa eletricidade para 'sequestrar' presa

Muito interessante, não seria muito agradável levar um choque desse peixe!



"O poraquê (Electrophorus electricus), típico da Bacia do Rio Amazonas, usa descargas de alta voltagem para controlar remotamente os músculos de suas presas, revelou um estudo publicado na revista Science.
Também conhecido como peixe-elétrico, o poraquê produz descargas de até 600 volts, suficientes para matar um cavalo adulto. Até agora, no entanto, a ciência ignorava como funciona o sistema elétrico do animal. Com uma série de experimentos, um pesquisador acaba de demonstrar que as descargas elétricas do poraquê afetam os neurônios motores que controlam os músculos de suas presas, "sequestrando" assim os circuitos neurais que eles usam para se mover.
De acordo com o autor, Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, o poraquê produz diferentes tipos de descargas elétricas. Algumas delas, de baixa voltagem, funcionam como sensores do ambiente para auxiliar na navegação, já que o peixe-elétrico enxerga mal. Mas as descargas de alta voltagem servem tanto para localizar a presa, quanto para incapacitar sua fuga. Segundo Catania, o recurso utilizado pelo poraquê funciona de forma semelhante a um "teaser" — arma não letal que usa descargas de alta tensão para imobilização. "É incrível a semelhança entre a descarga elétrica do peixe-elétrico e um teaser. A diferença é que o teaser emite 19 pulsos de alta voltagem por segundo, enquanto o peixe-elétrico produz 400", disse Catânia.

PESQUISA
Para os experimentos, o cientista colocou diversos poraquês em um grande aquário equipado com um sistema capaz de detectar os sinais elétricos dos animais. Segundo ele, os movimentos do poraquê são incrivelmente rápidos: eles podem engolir um peixe em um décimo de segundo. O cientista então montou um sistema de vídeo especial que capta milhares de quadros por segundo, para estudar os movimentos dos animais em câmara lenta.
Além das descargas de baixa voltagem usadas para perceber o entorno, os animais produziam curtas sequências de dois ou três pulsos de alta voltagem, que duram poucos milissegundos. O cientista verificou que esses pulsos eram usados na caçada: ao passar perto de um peixe oculto, os pulsos fazem a presa ter uma convulsão que denuncia sua posição — já que o poraquê é eficaz na detecção de movimentos. Nesse momento, o poraquê lança uma descarga de alta voltagem, com duração de 10 a 15 milissegundos, que paralisa completamente a presa por três ou quatro milissegundos — o suficiente para ser abocanhada pelo rápido caçador elétrico.
Segundo Catania, os pulsos duplos ou triplos correspondem ao sinal enviado pelos neurônios motores do peixe aos seus músculos para contraí-los. "Normalmente, nenhum animal consegue contrair todos os músculos do seu corpo ao mesmo tempo. Mas é exatamente o que o peixe-elétrico causa com esse sinal. Ele usa seu sistema elétrico para controlar o corpo da presa", declarou Catania."


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Diferença dos peixes cartilaginosos dos peixes ósseos

Os peixes cartilaginosos distinguem-se dos peixes ósseos por suas barbatanas carnosas e rígidas. Outra diferença é que os peixes cartilaginosos não possuem opérculos para proteger as brânquias, pois estas se abrem diretamente de sua fenda branquial para o exterior. Também não possuem bexiga natatória para regular a flutuação, uma vez que sobem ou descem na água graças ao trabalho de sua musculatura desenvolvida.


Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem formas reduzidas (certos gobies têm apenas 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso).
Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigênio, etc.
Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.
As raias possuem o corpo achatado, com grandes barbatanas peitorais que se estendem ao longo do tronco. As fendas branquiais localizam-se na parte inferior do corpo e são sempre em número de 5 a 7. Os tubarões possuem corpos fusiformes e alongados e as fendas branquiais abrem-se nas laterais do corpo.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanimal5.php

http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-883-4433-,00.html


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Primeiras imagens do fundo do Oceano Atlântico Sul são divulgadas

Recifes de Corais

Tudo isso é simplesmente espetacular!
"O recife de coral é uma estrutura rochosa constituída por uma série de organismos marinhos portadores de esqueleto calcário. A composição calcária do recife de coral é bastante resistente à ação das ondas e das marés e muito rígida. Porém, muito frágil a mudanças do ecossistema. Estima-se que 27% de todos os recifes de coral do mundo já foram irreversivelmente degradados por causa do aquecimento global e ações predatórias como o crescimento irregular das cidades costeiras e a poluição."

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Descoberta nova espécie de peixe em poça de água doce no sul do Brasil

Austrolebias bagual, nova espécie de peixe descoberta no interior do Rio Grande do Sul



O Austrolebias bagual, que ainda não recebeu nome popular, foi encontrado em uma área de apenas um hectare no Pampa gaúcho, em Encruzilhada do Sul, interior do Rio Grande do Sul. Da família Rivulidae, a nova espécie de peixe identificada tem somente cinco centímetros e possui padrão de colorido único nos machos - a nadadeira dorsal apresenta manchas negras na vertical e o corpo marrom claro acinzentado também tem o mesmo tom de listras.

A descoberta foi divulgada pela publicação internacional AQUA – International Journal of Ichthyology. OAustrolebias bagual pertence ao grupo chamado de “peixes anuais”, que têm ciclo de vida regido pelo clima. Por viverem em poças temporárias, os indivíduos adultos morrem a cada vez que a seca atinge a região. Mas as fêmeas depositam os ovos na terra.
“Quando as poças secam, ocorre uma pausa no desenvolvimento dos embriões, conhecida como diapausa. Apenas quando volta a chover e o ambiente se torna favorável, os ovos voltam a se desenvolver e eclodem”, explica Matheus Volcan, pesquisador e vice-coordenador do Instituto Pró-Pampa.
Segundo a pesquisa, que teve apoio da Fundação Boticário, a bacia do Rio Camaquã, onde o Austrolebias bagual foi descoberto, ainda é pouco estudada e por isso sua biodiversidade é desconhecida. “Marcamos o início de um processo de ampliação do conhecimento. Queremos definir regiões prioritárias e propor ações de conservação para as espécies”, explica Volcan.


Apesar da boa notícia, os cientistas revelam que a nova espécie já está ameaçada de extinção. Os peixes de água doce estão entre os mais ameaçados, devido ao aumento de períodos de seca e a formação de poças e lagoas. Além disso, o crescimento de áreas agrícolas no Rio Grande do Sul torna os animais ainda mais vulneráveis.
Este foi justamente um dos motivos para a escolha do nome Austrolebias bagual. Os gaúchos costumam usar o termo “bagual” para se referir a pessoas corajosas e destemidas. A torcida agora é que o peixinho valente consiga sobreviver e se procriar num planeta cada vez mais quente.


Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/materias/descoberta-nova-especie-de-peixe-austrolebias-bagual-no-sul-do-brasil?utm_source=redesabril_viagem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_ngbrasil

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Vírus misterioso está matando as estrelas-do-mar

Minha colega Pamela Soares estava em seu Facebook, quando observou essa notícia, que gostaríamos de compartilhar com vocês!


"Cientistas estão intrigados com uma doença misteriosa que está matando milhões de estrelas-do-mar. A epidemia atinge a costa do Pacífico do Alasca ao México. Ela vem reduzindo drasticamente a população desses animais marinhos e pode chegar a outras regiões do mundo.

O fenômeno foi observado pela primeira vez em junho do ano passado, na costa noroeste dos Estados Unidos, como relata uma extensa reportagem do site The Verge. A estrela-do-mar doente fica coberta de lesões brancas. Depois, seus órgãos internos começam se projetar para fora da pele. Por fim, o animal se desintegra, perde seus braços e morre. A doença atinge mais de 20 espécies. 

Ao longo de um ano, ela se alastrou para o norte, atingindo o Canadá e o Alasca, e para o sul, chegando à Califórnia e ao México. Até aquários que recebem água do mar foram contaminados. No aquário de Seattle, quase todas as estrelas-do-mar morreram. E já se observam alguns casos na costa Leste dos Estados Unidos, o que mostra que a doença também ocorre no Atlântico.


Ainda segundo o autor,
Se essas são as más notícias, há também dados que trazem esperança. Pelo que se observou até agora, as estrelas-do-mar não desaparecem completamente das áreas afetadas. Em geral, morrem as maiores, mas resta um certo número de estrelas pequenas.

Isso sugere que os indivíduos mais resistentes sobrevivem à doença. Eles poderão, com o tempo, se reproduzir e levar a população desses animais a ser recuperar.  De fato, já houve momentos na história em que a população das estrelas-do-mar declinou, recuperando-se depois. É possível que aconteça o mesmo na epidemia atual."


Mais sobre essa notícia em 

O que a Biologia Marinha estuda?

A Biologia Marinha  é o ramo da Ciência responsável pelo estudo dos seres vivos que têm o meio marinho como habitat, bem como dos fatores bióticos e abióticos que formam o campo de estudo.
O início dos estudos marinhos se deu através das pesquisas de Eduard Forbes, considerado o pai da Oceanografia. Hoje Oceanografia e Biologia Marinha são ciências afins, porém apresentam algumas diferenças, enquanto a primeira estuda o ambiente marinho em sua totalidade, a segunda se ocupa apenas dos seres que compõe tais ambientes, bem como comportamento, relações e hábitos. A Biologia Marinha se incumbe de pesquisar todas as características do ambiente marinho enquanto habitat de uma gama de espécies. As principais dessas características são salinidade, disponibilidade de nutrientes, profundidade, pH, iluminação, pressão, incidência de ondas e marés, além das relações interespecíficas, como predação e competição.

http://www.infoescola.com/biologia/biologia-marinha/

O predador do predador


O peixe tem fama de vilão, mas é o homem quem mata 70 milhões de tubarões por ano — só para lhes arrancar as barbatanas — e enche de lixo os oceanos onde eles vivem.
 
    Sempre que um tubarão ataca um banhista, evoca-se sua condição de grande predador dos mares. A reputação é justa, já que ele é carnívoro e está no topo da cadeia alimentar dos oceanos. A imagem da fera que ronda as praias à espreita de humanos desavisados para lhes mastigar os membros, porém, é falsa. Os ataques de tubarões a mergulhadores são acidentais. Ocorrem quando eles são confundidos com focas, tartarugas, leões-marinhos e peixes de grande porte. Em comparação com suas presas favoritas, o ser humano tem pouca gordura no corpo e não agrada ao paladar dos tubarões. É por isso que suas vítimas não são devoradas — quando o ataque acaba em morte, é por hemorragia ou afogamento.

RETRATO AMARGO: Ilustração do artista carioca Leonardo Porto premiada pelo Greenpeace: a poluição do ambiente marinho

Prática cruel: cortar as barbatanas e lançar o tubarão mutilado ao mar

      O principal objetivo dos pescadores é a retirada das barbatanas, valiosas porque a sopa feita com elas é consumida como iguaria na China e, em escala menor, no Japão, em Taiwan e em Singapura. Em geral, os pescadores lanção mão de uma prática extremamente cruel na pesca aos tubarões: capturam os animais, arrancam suas barbatanas e os devolvem agonizantes ao oceano. Um quilo de barbatanas vale, em média, 450 dólares. A sopa, um prato caro, é aguada, quase sem gosto e tem fibras gelatinosas que lembram os finos fios do macarrão oriental.
Barbatanas de tubarão: a sopa é sinal de status na China, e o consumo predatório aumenta (Foto: Morrison World News)