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terça-feira, 24 de novembro de 2015

‘Impacto de lama no mar seria como dizimar Pantanal’, diz biólogo.



A chegada da onda de lama, resultado do rompimento de uma barragem em Mariana (MG) há duas semanas, ao Oceano Atlântico ─ prevista para ocorrer neste domingo ─ teria um impacto ambiental equivalente à contaminação de uma floresta tropical do tamanho do Pantanal brasileiro.

A afirmação é do biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz, Santa Cruz, no Espírito Santo.

De acordo com Ruschi, os 62 bilhões de litros de rejeitos do beneficiamento do minério de ferro ─ o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas ─ despejados ao longo de 500 km da bacia do rio Doce atingiriam cerca de 10 mil km² numa região conhecida como Giro de Vitória, importante celeiro de nutrientes para animais marinhos, como a tartaruga-de-couro (ameaçada de extinção), o golfinho pontoporia e as baleias jubartes.


Ele estima que a descarga tóxica contaminaria principalmente três Unidades de Conservação marinhas ─ Comboios, Costa das Algas e Santa Cruz, que juntas somam 200.000 hectares (2.000 km²) no oceano.A foz do rio Doce está localizada no distrito de Regência, na cidade de Linhares, litoral norte do Espírito Santo.

Ruschi lembra, contudo, que como o ecossistema marinho é mais vulnerável do que o terrestre, o impacto no mar seria proporcional à contaminação de uma área continental dez vezes maior ─ ou 20.000.000 hectares (200.000 km²) ─ de floresta tropical primária.

"Seria como dizimar, de uma só vez, todo o Pantanal", afirma Ruschi à BBC Brasil. O Pantanal se estende por 250.000 km² pelo Brasil, Bolívia e Paraguai.

"O ecossistema marinho é muito mais eficiente na biossíntese do que o terrestre. Cerca de dois terços de toda a biomassa do planeta é produzida em apenas 5% ou 6% dos oceanos. Trata-se da borda dos continentes ou de regiões com menos de 200 metros de profundidade, onde as algas podem receber luz e fazer fotossíntese", explica.

Ruschi acredita que, se nada for feito, o prejuízo ambiental do 'tsunami marrom' pode demorar 100 anos para ser revertido.

"Precisamos impedir a todo custo que essa lama chegue ao mar. Caso contrário, pode se tornar um desastre de proporções mundiais, com consequências difíceis de imaginar. É um risco que não podemos correr. E o preço que pagaremos por ele será enorme", alerta.


"O fluxo de nutrientes de toda a cadeia alimentar de 1/3 da região sudeste e o eixo de 1/2 do Oceano Atlântico Sul está comprometido e pouco funcional por no mínimo 100 anos", afirma.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Nudibrânquios: os animais mais coloridos do oceano

Cores espetaculares!
"As milimétricas lesmas-do-mar encantam por seu visual nada discreto"


Com cores espetaculares e padrões incomuns, os nudibrânquios são alguns dos animais mais fascinantes do fundo do mar. O estranho nome vem de uma característica visível, comum a quase todas as 3 mil espécies existentes: as brânquias expostas.




O órgão respiratório destas pequenas lesmas – em geral, os nudibrânquios medem milímetros ou, no máximo, alguns poucos centímetros de comprimento – fica na parte externa do corpo e se assemelha a um ramalhete. Tais filamentos podem também recobrir o animal todo, mas não devem ser confundidos com os rinóforos, como é chamada outra adaptação evolutiva das lesmas-do-mar 
(trata-se de um sensível par de tentáculos quimiorreceptores, geralmente localizados na cabeça).
As cores vibrantes são associadas a substâncias tóxicas e ajudam a afastar predadores. Os animais que ainda assim ousam atacar nudibrânquios – como caranguejos e lagostas – podem acabar surpreendidos por uma mistura de ácido sulfúrico e clorídrico. A perigosa combinação é expelida através da pele apenas por algumas espécies, entre elas a Berthella californica.






Outras, porém, são mais engenhosas. Ao se alimentar de cnidários, como as anêmonas, elas retêm as suas células urticantes (as que causam ardência) e as utilizam para se defender. A dieta destes minúsculos carnívoros inclui ainda corais, esponjas, cracas e até mesmo outros nudibrânquios.
A maioria das lesmas-do-mar, assim como as terrestres, é hermafrodita. Ou seja, os nudibrânquios possuem um sistema reprodutivo tanto feminino quanto masculino. Incapazes de se autofecundar, eles formam pares e trocam espermatozoides – usados em seguida para fecundar, cada qual, os seus próprios óvulos.

As mudanças climáticas já provocam grandes discussões ambientais no arquipélago russo

"Durante um mês navegamos de um lado para o outro no arquipélago. Estamos 800 milhas náuticas, ou 1 481 quilômetros, ao norte do círculo Ártico. Viajamos a bordo do Polaris, um navio de turismo reformado, com armários convertidos em laboratórios, microscópios instalados em mesas de jantar e um salão repleto de equipamentos de mergulho especiais. A nossa equipe conta com russos, americanos, espanhóis, britânicos, um australiano e um par de franceses. Todo dia, alguns de nós descemos à ilha diante da qual estamos ancorados a fim de colocar etiquetas em aves, contar morsas ou coletar espécimes de plantas, enquanto outros mergulham na água gelada para fazer o inventário dos microrganismos, algas, invertebrados e peixes. Os dias com caminhadas por vezes são longos, mas sempre retornamos ao barco antes de escurecer – na verdade, nunca fica escuro. O Sol jamais se põe, circulando para lá e para cá pelo céu setentrional. A influência de Feodor Romanenko é importante para todos, não só no aspecto científico, mas também para o moral da equipe, devido ao seu contagiante entusiasmo pela geologia."

Para ler a reportagem é só clicar no link abaixo:

Morsas se aproximam de um barco da expedição ao largo da ilha Hooker. No verão, quando diminui o gelo sobre o mar, as morsas se reúnem nas costas, mas ali o alimento é escasso e filhotes podem ser pisoteados.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Peixe - leão

Peixe-leão, peixe-peru, peixe-dragão e peixe-escorpião são alguns nomes vulgares para uma grande variedade de peixes marinhos venenosos dos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae.

O veneno dos Peixes-leão é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais. Cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.

A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são: dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.
O veneno dos peixes-leão é constituído de proteínas termosensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45°C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir

Os peixes-leão são predadores vorazes. Quando estão caçando encurralam as presas com seus espinhos e, num movimento rápido, as engolem por inteiro. Eles são conhecidos por seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.
Os Peixes-leão são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, eles podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.



Os Peixes-leão vivem até 15 anos e podem pesar até 200g. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.


Fonte: http://www.ninha.bio.br/biologia/peixe-leao.html

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Peixe usa eletricidade para 'sequestrar' presa

Muito interessante, não seria muito agradável levar um choque desse peixe!



"O poraquê (Electrophorus electricus), típico da Bacia do Rio Amazonas, usa descargas de alta voltagem para controlar remotamente os músculos de suas presas, revelou um estudo publicado na revista Science.
Também conhecido como peixe-elétrico, o poraquê produz descargas de até 600 volts, suficientes para matar um cavalo adulto. Até agora, no entanto, a ciência ignorava como funciona o sistema elétrico do animal. Com uma série de experimentos, um pesquisador acaba de demonstrar que as descargas elétricas do poraquê afetam os neurônios motores que controlam os músculos de suas presas, "sequestrando" assim os circuitos neurais que eles usam para se mover.
De acordo com o autor, Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, o poraquê produz diferentes tipos de descargas elétricas. Algumas delas, de baixa voltagem, funcionam como sensores do ambiente para auxiliar na navegação, já que o peixe-elétrico enxerga mal. Mas as descargas de alta voltagem servem tanto para localizar a presa, quanto para incapacitar sua fuga. Segundo Catania, o recurso utilizado pelo poraquê funciona de forma semelhante a um "teaser" — arma não letal que usa descargas de alta tensão para imobilização. "É incrível a semelhança entre a descarga elétrica do peixe-elétrico e um teaser. A diferença é que o teaser emite 19 pulsos de alta voltagem por segundo, enquanto o peixe-elétrico produz 400", disse Catânia.

PESQUISA
Para os experimentos, o cientista colocou diversos poraquês em um grande aquário equipado com um sistema capaz de detectar os sinais elétricos dos animais. Segundo ele, os movimentos do poraquê são incrivelmente rápidos: eles podem engolir um peixe em um décimo de segundo. O cientista então montou um sistema de vídeo especial que capta milhares de quadros por segundo, para estudar os movimentos dos animais em câmara lenta.
Além das descargas de baixa voltagem usadas para perceber o entorno, os animais produziam curtas sequências de dois ou três pulsos de alta voltagem, que duram poucos milissegundos. O cientista verificou que esses pulsos eram usados na caçada: ao passar perto de um peixe oculto, os pulsos fazem a presa ter uma convulsão que denuncia sua posição — já que o poraquê é eficaz na detecção de movimentos. Nesse momento, o poraquê lança uma descarga de alta voltagem, com duração de 10 a 15 milissegundos, que paralisa completamente a presa por três ou quatro milissegundos — o suficiente para ser abocanhada pelo rápido caçador elétrico.
Segundo Catania, os pulsos duplos ou triplos correspondem ao sinal enviado pelos neurônios motores do peixe aos seus músculos para contraí-los. "Normalmente, nenhum animal consegue contrair todos os músculos do seu corpo ao mesmo tempo. Mas é exatamente o que o peixe-elétrico causa com esse sinal. Ele usa seu sistema elétrico para controlar o corpo da presa", declarou Catania."


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Diferença dos peixes cartilaginosos dos peixes ósseos

Os peixes cartilaginosos distinguem-se dos peixes ósseos por suas barbatanas carnosas e rígidas. Outra diferença é que os peixes cartilaginosos não possuem opérculos para proteger as brânquias, pois estas se abrem diretamente de sua fenda branquial para o exterior. Também não possuem bexiga natatória para regular a flutuação, uma vez que sobem ou descem na água graças ao trabalho de sua musculatura desenvolvida.


Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem formas reduzidas (certos gobies têm apenas 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso).
Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigênio, etc.
Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.
As raias possuem o corpo achatado, com grandes barbatanas peitorais que se estendem ao longo do tronco. As fendas branquiais localizam-se na parte inferior do corpo e são sempre em número de 5 a 7. Os tubarões possuem corpos fusiformes e alongados e as fendas branquiais abrem-se nas laterais do corpo.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanimal5.php

http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-883-4433-,00.html